Torcida do Sapão

terça-feira, 29 de julho de 2014

Macaé 1x2 Mogi Mirim - 8ª Rodada - Grupo B


Os três primeiros minutos da partida no Moacyrzão já foram suficientes para provar que nem o frio conseguiria evitar o clima quente da partida: João Carlos recebeu bolão de Marquinho, teve todo o tempo do mundo para tirar do goleiro, mas acabou acertando caprichosamente a trave. A opção de lançar Lucas como titular parece ter sido um acerto no time do Macaé, que se portou melhor no primeiro tempo. O volante revezava com Gedeil na marcação de Vitinho e, assim, anulava as jogadas do Mogi. As opções da equipe paulista se limitavam a levantamentos dentro da área.
No entanto, foi assim que os visitantes surpreenderam e abriram o placar. Wagner subiu mais que todo mundo na cobrança de escanteio e guardou no fundo da rede: 1 a 0, aos 38 minutos. A primeira etapa se arrastava para uma vitória parcial do Mogi quando João Carlos apareceu novamente. O atacante subiu com estilo na bola lançada por Daniel e cabeceou com violência para empatar a partida em um dos últimos lances.
Os dois jogadores que chegaram ao Macaé com um condicionamento físico questionável foram chamados por Junior Lopes para entrar no segundo tempo: Keninha e Romário saíam do banco para decidir a partida. O meia, em sua estreia com a camisa alvianil, parecia ciente da responsabilidade que tinha de apagar um primeiro tempo fraco realizado por Wallacer e assumir, de uma vez por todas, a organização da equipe. Chamou o jogo para si, e todas as jogadas, a partir daquele momento, passaram pela perna esquerda dele.
Romário, por sua vez, mostrou um pouco mais de mobilidade que João Carlos. O atacante caía dos dois lados e dava trabalho para a zaga. Lá pelos 20 minutos, recebeu dentro da área, percebeu a chegada de Keninha e rolou. O meia foi derrubado, pênalti! Assim como fizera na última rodada, Romário foi quem cobrou, mas André defendeu. No rebote, com muita tranquilidade, o jogador fez o gol e garantiu a virada. No último lance do jogo, o atacante ainda carimbou a trave.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Mogi Mirim 0x0 Guarani - 7ª Rodada - Grupo B

"Toma que a bola é sua", diz um. "Não, não, pode ficar com ela", retruca o outro. Diálogo hipotético, mas suficiente para entender o primeiro tempo no Romildão. Mogi Mirim e Guarani não quiseram a bola, e por pura estratégia. Ambos funcionam melhor quando o adversário toma a iniciativa da partida. Isso também explica o placar zerado nos 45 minutos iniciais. Estilos semelhantes, que se anularam em poucos momentos de bom futebol.

O Guarani mostrou notável evolução fora de casa. Bem postado defensivamente, soube atacar no ritmo do camisa 10, que não era Fumagalli. Mais veloz e ao mesmo tempo menos pensador, Cassinho participou dos três lances de perigo, dois deles em finalização própria. A melhor chance explodiu na marcação do Mogi, quase nos acréscimos. O Bugre alternou velocidade e jogadas aéreas, mas pecou no passe final.

Mesmo erro cometido pelo Mogi Mirim, que, ao contrário do adversário, demonstrou futebol inferior ao praticado antes da parada para a Copa do Mundo. O Sapo preferiu jogadas pelas laterais, especialmente do lado esquerdo, nas costas do ofensivo Pedro Henrique. Dessa maneira, até chegou ao gol, mas, antes de chegar a Thomas, o cruzamento de Valdir saiu pela linha de fundo. Vitor Xavier ainda desperdiçou uma finalização dentro da área. Pouco para quem sonhava em retomar a liderança nesta noite.

Nenhum dos técnicos mexeu no segundo tempo. Não que os times estivessem em alta, mas pela confiança no trabalho durante a intertemporada. Mas Mogi Mirim e Guarani caíram de produção e viveram de esporádicas oportunidades. Como a que Renan Mota perdeu logo a dois minutos, após falha do goleiro André. O bugrino tentou o chute por cobertura, mas Alemão salvou em cima da linha.

O lance foi basicamente o único de perigo dos visitantes durante toda a etapa final. Silas ainda arriscou um chute muito fraco, rasteiro. O Mogi só melhorou com a entrada dos rápidos Rivaldinho e Dunguinha, já no fim do jogo. Assim, criou a sua melhor chance da partida, em chute cruzado de Valdir. Wanderson, com uma mão, espalmou para frente. O Sapo não aproveitou o rebote por escorregão do atacante. Melhor: em jogo tão nivelado, não era para alguém ter vencido mesmo.