Torcida do Sapão

segunda-feira, 24 de março de 2014

Ponte Preta 0x4 Mogi Mirim - 15º Rodada

O cronômetro do árbitro mal tinha completado a primeira volta e o Mogi Mirim já vencia por 1 a 0 em Campinas. O Sapo aproveitou saída de bola errada da Ponte, sinal da falta de entrosamento do time de Vadão, para garantir a tranquilidade de que precisava para não perder a cabeça. Everton Sena acertou um belo chute, Camilo deu rebote e Magrão, de primeira, completou para as redes.
O gol logo no primeiro ataque, que deveria esquentar o confronto, teve efeito contrário. A Ponte, que já não dependia de nada da partida para se classificar, foi para o ataque de forma descoordenada. Rossi e Ademir corriam de qualquer forma e não se aproximaram de Alemão. O atacante, único titular em campo, teve chance clara de empatar o confronto, mas chutou em cima de Alex Alves.
Se quem precisava – só para alegari a torcida – virar o jogo não se motivou de forma suficiente para conseguir, aqueles que tinham a vantagem também não fizeram muito além do gol. Everton Heleno e Vitor Xavier diminuíram o ritmo de jogo a favor do Mogi Mirim, que restringiu-se a marcar e apenas isso. O gol era suficiente para evitar o rebaixamento.
A Ponte esboçou um princípio de reação nos primeiros movimentos do segundo tempo. Carleto em cobranças de falta, Ademir em estocadas esporádicas, Alemão entre os zagueiros... as alternativas eram tantas e, ao mesmo tempo, nenhuma. Alex Alves foi um espectador de luxo, sem precisar trabalhar para justificar a escalação como titular em uma partida tão decisiva. O camisa 1, porém, não precisou fazer muito, pois tinha Magrão ao seu lado.
O atacante só não brilhou quando Vitor Xavier balançou as redes, com um potente chute que Camilo nem viu por onde passou. No resto, só deu o atacante. Primeiro, ao completar jogada de Serginho em uma finalização alta. Depois, com intervalo de um minuto entre os lances, só empurrou para a rede. Missão cumprida, tanto que o atacante até pediu para sair.
Magrão saiu, a partida acabou. Não por determinação de ninguém, mas porque a Ponte – absolutamente entregue em casa – seguiu sem acertar nada até o fim. Lika, Antônio Flávio e Matheus Olavo não acrescentaram nada. No Mogi, serviu apenas para ver o filho do craque Rivaldo em campo. O garoto só foi visto em um drible bonito, mas nada que ofuscasse o dono da tarde.

quinta-feira, 20 de março de 2014

Mogi Mirim 4x4 Paulista - 14º Rodada

Os meninos de Jundiaí e os veteranos de Mogi fizeram um jogo absolutamente franco em Itapira. Especialmente a molecada, que, no primeiro tempo, teve a liberdade necessária para atuar sem nenhuma pressão. E com um pouco de ajuda, claro. Foi assim que Felipe abriu a longa contagem de gols no Chico Vieira.
O lateral arriscou chute fraco e despretensioso, que Reynaldo aceitou sem esboçar reação. Sorte do goleiro é que o Mogi foi rápido na busca pelo empate. Segundos após a saída de bola, Serginho aproveitou rebote de Ian em chute de Fernando Baiano e deixou tudo igual.
A troca rápida de bolas na rede deu confiança aos ataques, que levaram a melhor contra as defesas em praticamente todas as jogadas. Gabriel Leite aproveitou a noite e colocou seu nome no placar, em chute rasteiro que morreu no canto direito. O Paulista, porém, precisou recuar após a expulsão do lateral Biel, repreendido por tentar simular uma falta.
A falta de um jogador não pareceu incomodar o time de Jundiaí nos início do segundo tempo. Dodó, de cabeça, só não ampliou o marcador por causa de Reynaldo. A sorte que faltou ao volante sobrou para Elton, que, livre na pequena área, só teve o trabalho de empurrar um cruzamento de Erik Mamadeira e deixar o Paulista bem mais perto da vitória.
Coube ao Mogi buscar o resultado. O presidente Rivaldo desceu da tribuna para acompanhar o confronto mais de perto e ajudou na mudança de comportamento. Edson Ratinho, um dos indicados do pentacampeão, pegou rebote de primeira e diminuiu a vantagem adversária. Minutos depois, Magrão chapou no canto esquerdo de Ian. Tudo igual, de novo, em Itapira: 3 a 3.
A partida já tinha mais gols do que os pouco presentes imaginavam, mas os ataques continuaram em noite inspiradas – ao contrário, evidentemente, dos defensores, que acumulavam erros. Ytalo, ao aproveitar falha de marcação dentro da área, cabeceou entre as pernas de Reynaldo e pôs o Paulista novamente em vantagem. Claro que a situação durou pouco: Magrão, em mais um bonito chute da entrada da área, pôs o 4 a 4 no placar.
A sorte virou nos minutos finais, para o bem dos goleiros. Mogi e Paulista mantiveram a intensidade ofensiva até o fim, muito por causa da desorganização tática, mas não conseguiram o mesmo êxito nas finalizações. Reynaldo, de um lado, e Ian, do outro, brilharam no fim do jogo com boas defesas que livraram os colegas da derrota. Que, justiça seja feita, ninguém merecia.

terça-feira, 11 de março de 2014

São Bernardo 1x1 Mogi Mirim - 13º Rodada

Era um jogo de estilos diferentes, como os primeiros minutos bem mostraram. Na velocidade, o São Bernardo aproveitou a troca de passes pelas laterais para chegar com perigo à área do adversário. Foi assim que Bady, no começo, acertou a trave esquerda de Reynaldo e quase abriu o marcador. O Mogi Mirim, do outro lado, apostou na cadência imposta naturalmente por Rivaldo, o dono da equipe. Edson Ratinho e Valdir formaram dupla pelo lado direito, mas sem eficiência.
O ritmo dos visitantes teve um resultado mais rápido e eficaz. Serginho recebeu em posição legal e abriu o placar com chute forte, mas a arbitragem anulou a jogada por impedimento inexistente do camisa 11. O Sapo ainda criou outra possibilidade, nos pés de Fernando Baiano, mas não a aproveitou. Já o Bernô, sem a mesma precisão ofensiva do meio de semana, criou pouco para dar trabalho a Reynaldo.
O presidente foi bem marcado. E, fisicamente, já não responde como antes. Mas nada como ter amigos em condições de decidir a partida para você. Enquanto a marcação ficou atenta ao camisa 10, Serginho arrumou jogada pela esquerda e cruzou rasteiro para Edson Ratinho. O lateral tirou o primeiro com um drible seco e bateu de esquerda, forte, sem chance de defesa.
Não demorou para Rivaldo sair e dar vaga a Everton Heleno. A ausência do pentacampeão deu mais intensidade defensiva ao Mogi Mirim, que anulou o ataque do São Bernardo sem tantos problemas. Elionar Bombinha, em noite pouco inspirada, tropeçou duas vezes na bola e não conseguiu colaborar ofensivamente. O time de Edson Boaro dominou a posse de bola da metade para o fim do jogo, mas sem eficiência de criar.
Quando criou, parou em Reynaldo. Jean Carlos acertou um belo sem pulo da entrada da área, mas foi contido pela mão direita do goleiro do Mogi. Obediente como todos os que estavam em campo, o camisa 1 não quis atrapalhar a noite do chefe. Mas Bombinha fez questão. Depois dos tombos na metade do segundo tempo, o atacante mostrou que sabe mesmo é jogar pelo alto. De cabeça, venceu o duelo particular com o goleiro e deu números finais ao jogo.

sexta-feira, 7 de março de 2014

Mogi Mirim 2x5 Santos - 12ª Rodada

A estreia como titular do quinteto ofensivo do Santos finalmente ocorreu: Cícero, Geuvânio, Gabriel, Thiago Ribeiro e Leandro Damião não conseguiram colocar em prática o que a teoria apontava como promissor no primeiro tempo. Com pouca movimentação e Cícero mais recuado que o normal, o Peixe carecia de um armador. Isolado e raramente acionado, apesar da postura ofensiva da equipe, Damião foi peça nula e praticamente não encostou na bola na etapa inicial. O time alvinegro (que jogou de amarelo) tinha a bola, mas não sabia o que fazer com ela.
O ritmo lento agradou ao Mogi Mirim, que aproveitava as brechas do meio-campo santista para avançar. E foi pela esquerda, logo após o lateral Emerson deixar o gramado para ser atendido, que Everton Sena apareceu livre e cruzou para Fernando Baiano desviar, de letra, para o gol. O técnico Oswaldo de Oliveira ficou extremamente irritado com o lance. Instantes antes, ele gritava para equipe cobrir o lado esquerdo enquanto Emerson estava fora de campo. Ninguém atendeu.
Coube ao próprio lateral ajudar o quinteto ofensivo do Peixe a ser “mágico”. No único momento de lucidez da equipe santista no primeiro tempo, Gabriel recebeu de Thiago Ribeiro e deu de calcanhar para o lateral, que deu uma centroavante e empatou o jogo. Outro golaço em Mogi.
Após o intervalo, Cícero voltou mais adiantado. Em vez de se posicionar ao lado de Arouca, ele foi para a meia, onde tem rendido muito bem neste Paulistão. Bastou um lance para a mudança se mostrar acertada. De seu pé esquerdo saiu o petardo rebatido por Reynaldo e que Leandro Damião, em sua primeira oportunidade, aproveitou para virar o jogo, aos 10 minutos.
Se à frente o Santos parecia acertado, na defesa os problemas de marcação do primeiro tempo persistiam. Na segunda falha da noite, mais um gol do Sapão. Aos 21, Everton Sena aproveitou a bobeira santista e apareceu livre dentro da área cabeceando para o gol. Aranha espalmou e, no rebote, Magrão fez.
Só que o ataque santista, o mais eficiente do Paulistão, tinha enfim entrado na partida. Coube a Rildo – que, assim como Magrão, tinha acabado de entrar em campo – aproveitar cruzamento de Cicinho e marcar seu primeiro no Peixe, aos 22. O Alvinegro seguia em cima e até Arouca deixou o dele. Aliás, um golaço: aos 37, ele aproveitou cruzamento na área e acertou um voleio. O lance foi tão bonito que os torcedores santistas presentes ao Romildão gritaram “ão, ao ão, Arouca é Seleção”.
A essa altura, o Mogi estava entregue, e o Santos ia criando chances com extrema facilidade. Aos 45, mais um gol para transformar a vitória em goleada: Cícero acertou ótimo lançamento  para Cicinho, que dominou e encontrou Lucas Lima dentro da área. De primeira, o meia tirou do alcance do Reynaldo com um tapa de direita.