Torcida do Sapão

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Mogi Mirim 0x0 Guarani - 7ª Rodada - Grupo B

"Toma que a bola é sua", diz um. "Não, não, pode ficar com ela", retruca o outro. Diálogo hipotético, mas suficiente para entender o primeiro tempo no Romildão. Mogi Mirim e Guarani não quiseram a bola, e por pura estratégia. Ambos funcionam melhor quando o adversário toma a iniciativa da partida. Isso também explica o placar zerado nos 45 minutos iniciais. Estilos semelhantes, que se anularam em poucos momentos de bom futebol.

O Guarani mostrou notável evolução fora de casa. Bem postado defensivamente, soube atacar no ritmo do camisa 10, que não era Fumagalli. Mais veloz e ao mesmo tempo menos pensador, Cassinho participou dos três lances de perigo, dois deles em finalização própria. A melhor chance explodiu na marcação do Mogi, quase nos acréscimos. O Bugre alternou velocidade e jogadas aéreas, mas pecou no passe final.

Mesmo erro cometido pelo Mogi Mirim, que, ao contrário do adversário, demonstrou futebol inferior ao praticado antes da parada para a Copa do Mundo. O Sapo preferiu jogadas pelas laterais, especialmente do lado esquerdo, nas costas do ofensivo Pedro Henrique. Dessa maneira, até chegou ao gol, mas, antes de chegar a Thomas, o cruzamento de Valdir saiu pela linha de fundo. Vitor Xavier ainda desperdiçou uma finalização dentro da área. Pouco para quem sonhava em retomar a liderança nesta noite.

Nenhum dos técnicos mexeu no segundo tempo. Não que os times estivessem em alta, mas pela confiança no trabalho durante a intertemporada. Mas Mogi Mirim e Guarani caíram de produção e viveram de esporádicas oportunidades. Como a que Renan Mota perdeu logo a dois minutos, após falha do goleiro André. O bugrino tentou o chute por cobertura, mas Alemão salvou em cima da linha.

O lance foi basicamente o único de perigo dos visitantes durante toda a etapa final. Silas ainda arriscou um chute muito fraco, rasteiro. O Mogi só melhorou com a entrada dos rápidos Rivaldinho e Dunguinha, já no fim do jogo. Assim, criou a sua melhor chance da partida, em chute cruzado de Valdir. Wanderson, com uma mão, espalmou para frente. O Sapo não aproveitou o rebote por escorregão do atacante. Melhor: em jogo tão nivelado, não era para alguém ter vencido mesmo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário