Torcida do Sapão

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Mogi Mirim 2x2 XV de Piracicaba


Tenso, como era de se esperar. O XV começou a última rodada dependendo apenas de uma vitória para vencer. Mas a falta dos volantes titulares – Adilson Goiano e Diego Silva – deixou o time sem pegada no meio. Com um time misto e desentrosado, o Mogi também pouco produziu ofensivamente.
Aos 14, enfim, o goleiro Anderson, do Sapão, teve trabalho. Adilson entrou na área pelo lado direito, mas o chute foi prensado. Ricardinho aproveitou o rebote e, ao invés de cruzar, mandou uma bomba. O número 1 do Mogi defendeu.
Logo após o lance, contudo, um balde de água fria. Pelos alto-falantes do estádio, os jogadores do XV souberam que, em Ribeirão Preto, o Botafogo fazia 1 a 0 no Guarani. O resultado parcial rebaixava o XV.
O drama alvinegro aumentou aos 19 minutos. Felipe, um dos poucos titulares do Mogi em campo, escapou pelo meio e deu toque pelo alto para Fernandinho. De primeira, o camisa 11 deu um lindo voleio e mandou para as redes.
O técnico Estevam Soares já se desesperava à beira do gramado e preparava para colocar Marlon em campo quando Adilson foi derrubado pelo goleiro Anderson dentro da área. O próprio camisa 9 foi para a cobrança e, sem enfeitar, mandou no meio do gol.
A torcida do XV, em maioria no estádio, fazia festa, mas o resultado ainda não salvava o time da queda. Hugo, então, ganhou momentaneamente o status de herói. O atacante, que ainda não havia marcado no estadual, virou aos 34 minutos. Após saída errada de bola do Sapão, Diego Borges enfiou a bola para Adilson. O atacante teve a chance de marcar, mas tentou driblar o zagueiro, o goleiro e perdeu a posse da bola. Por sorte, ela sobrou para o companheiro, que chutou firme.
O alto-falante, desta vez, passou a trazer boas notícias ao XV. Em Mirassol, o time da casa fazia 1 a 0 na Portuguesa, resultado que rebaixava a Lusa. Nem o gol de Edson Ratinho, aos 44 – o jogador tentou o cruzamento da direita e encobriu Gilson – esfriou a festa do Nhô Quim. Para completar, na saída para o intervalo os jogadores e a comissão técnica souberam que o Guarani empatava em Ribeirão Preto e o Mirassol abria 2 a 0.
O XV passou a viver um dilema na etapa final. Logo de cara, chegou a notícia de que o Mirassol fazia o terceiro gol. A esta altura, o empate em Mogi salvava o XV e apenas uma reação histórica da Lusa o faria cair. Assim, se lançar ao ataque não era a melhor opção ao time.

O problema é que o Sapão estava alheio ao sofrimento adversário. Felipe quase fez o terceiro aos 12 minutos, ao invadir a área e bater com firmeza. Gilson fez ótima defesa.

Estevam Soares, então, fechou o time. Tirou o meia Diguinho e colocou o volante Rodolfo em campo. O problema é que logo na sequência Marcus Vinícius levou o segundo cartão amarelo. A agonia do XV duraria mais 20 minutos.
O silêncio da torcida do XV dava o tom de dramaticidade. Mas o Sapão não mostrou muita empolgação em buscar o terceiro gol. O melhor lance foi de Jorge Elias, ao chutar da intermediária. A bola saiu renteu ao poste esquerdo de Gilson. O jogador ainda marcou aos 42, mas estava impedido e a arbitragem anulou o lance antes mesmo da conclusão.

Agora o Mogi Mirim pega o Santos na Vila Beumiro pelas Quartas de Finais do Paulistão.



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